O bom das redes sociais
... é que são "ocupadas" por humanos (isso também é o mau, mas agora não vem ao caso) e portanto são capazes de provocar coisas maravilhosas.
Eu não estou a lacrimejar, vocês é que estão.
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... é que são "ocupadas" por humanos (isso também é o mau, mas agora não vem ao caso) e portanto são capazes de provocar coisas maravilhosas.
Eu não estou a lacrimejar, vocês é que estão.
... não o pode ser em nenhum lugar do mundo.
Já toda a gente deve ter ouvido a história de Miguel Duarte.
É preciso dinheiro para a defesa do Miguel, porque atos de solidariedade não podem ser criminalizados.
"O Miguel podia ser qualquer um de nós. O Miguel podia ter salvo qualquer um de nós."
#EuFariaOMesmo
Nos incêndios no Pinhal Interior, para além do trágico balanço de vítimas humanas, morreram muitos animais e há muitos mais feridos e a precisar de cuidados médicos, medicamentos e alimentação.
A Ordem dos Médicos Veterinários criou uma conta solidária para quem quiser colaborar.
PT50 0033 0000 00132948492 05
Para mim:
- não funciona por telefone, com números de valor acrescentado.
- não dá para ir a um concerto solidário, um concerto é festa, que é uma coisa que não me apetece fazer para recordar mais de 50 mortos e tantas outras perdas.
Sei que as necessidades básicas dos bombeiros e das populações afetadas estão a ser asseguradas, com mantimentos e bens de primeira necessidade. Quando a onda de solidariedade "amainar" farei a minha parte.
Não vou dar "restos" daquilo que me sobra (roupa, atoalhados...) porque acho que as pessoas que perderam tudo, merecem novo.
Só me resta uma solução, dar dinheiro, por este meio, por exemplo:
Para que possa ser comprado tudo o que quem perdeu tudo precisa para recomeçar do zero.
E recomeçar é começar de novo.
Nada disto é uma crítica a quem opta pelas formas de ajudar que eu "não gosto". Ajuda é ajuda, tudo é válido. São somente opções.
Se isto não fosse trágico, daria uma bela comédia.
É o que dá as pessoas não serem solidárias, mas gostarem de fazer uma caridadezinha uma vez por outra.
Uma vez, participei na triagem de roupa doada para uma ação de solidariedade e encontrei variadíssimas preciosidades que poderiam constar neste desfile. Dois exemplos que nunca esquecerei: meias sem par e uma camisa à qual foram retirados todos os botões.
Solidariedade é pensar nos outros. PENSAR. Pois.
Podem ver a matéria completa do desfile, aqui.
Já comprei. E vocês?
Nesta altura do ano, toda a gente se lembra dos sem abrigo que têm frio, das crianças que não têm brinquedos, das famílias que não têm comida...
Tenho uma novidade para vós: Isto acontece TODO O ANO.
Por esta razão, a altura do ano em que sou menos solidária é precisamente o Natal. Como não posso responder a todas as solicitações, há tanta gente a precisar de ajuda e eu não sou rica, guardo o que posso dar para outras alturas do ano. No entanto, estou atenta às necessidades à minha volta e se noto que há uma necessidade específica em algum lado e eu tenho hipótese de ajudar, ajudo.
Tento seguir uma regra: Sendo esta uma altura especial, o que dou também tem de ser especial.
Toda a gente doa alimentos a instituições e famílias nesta altura. Fazem bem, mas lembrem-se que as pessoas não comem só arroz, massa e atum. Agora, calha bem um bolo rei, uns chocolates... Aquilo que vocês próprios gostam de comer no Natal. E é por aí que me guio.
Tirando mais uma ou outra rifa, porque lá está, são coisas desta altura, não contribuo para instituições. Sei que é a altura que menos precisam porque mais gente dá.
Quando a amnésia da vida corrida se instalar, eu faço as minhas contribuições.
Melhor dizendo, a causa até alimento, mas o Banco Alimentar não.
Há muitas formas de matar a fome a quem a tem e o BACF não é, para mim, a melhor delas.
Coisas muito estranhas se passam na instituição e, se nenhuma é perfeita, vejo no Banco Alimentar muita coisa mal feita.
Trabalhei numa IPSS que recebia alimentos do Banco Alimentar. Recebia muito arroz com bichinhos voadores, muitas embalagens dos mais variados produtos com o prazo de validade vencido ou prestes a terminar. Onde andavam aqueles bens alimentares tanto tempo que o seu prazo de validade passava? Já que as pessoas que compram os produtos nestas campanhas compram-nos no dia, com datas bastantes alargadas portanto.
Também trabalhei numa grande superfície e via os bens que as pessoas compravam para o famoso saquinho que deixavam com os voluntários. Se havia muitos bens de marca branca, mais baratos (que eu consumo e não têm nada de mal) também havia muitos de boas marcas. Para onde vão? Sim, porque também tive acesso a um armazém de bens do Banco Alimentar e não vi por lá óleos Fula, azeites Galo e por aí fora. Claro que isto foi numa visita a um armazém, pode não acontecer sempre nem em todo o lado, mas para mim, uma vez é o suficiente para eu ficar de pé atrás.
E o leite? Para onde vão os litros e litros de leite doados se a maioria dos beneficiários recebe depois leite em pó? Será só em Coimbra que acontece?
Quem faz a triagem dos beneficiários? Pois, é que conheço várias pessoas que recebem bens sem precisar deles. E são pessoas que não enganam ninguém, ou melhor, não se vão queixar e dizer que precisam. Simplesmente têm amigos, que têm amigos e recebem umas coisinhas para distribuir pelos pobres que conhecem. Claro que depois a definição de pobre não é bem aquela que vem no dicionário e anda por aí muito boa (?) gente a comer à custa da solidariedade ingénua (?) de outros.
Depois vem a própria campanha em si. A meu ver, um fim de semana de recolha nas grandes superfícies do país mais não é do que uma forma de ajudar a encher os bolsos a "belmiros", "jerónimos" e companhia. Entendo a ideia de facilitar a vida a quem faz as doações, que calha em caminho, mas não haveria forma de fazer qualquer coisinha com o comércio local?
Por tudo isto não ajudo o Banco Alimentar.
Não critico quem o faz, já que tenho consciência que, apesar de funcionar mal, ajuda de facto muita gente que precisa.
Eu procuro, e encontro, outras opções de ser solidária com os mais desfavorecidos.