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Blog de AlGo

Por Mena Gomes

Blog de AlGo

Por Mena Gomes

É possível ser boa pessoa e...

26.02.24

... votar no Chega?

Dar apoio a um partido racista, xenófobo, machista, homofóbico, formado por pessoas bafientas, com ideias retrógradas e cheios de preconceitos?

Tenho para mim que não.

Não me venham com a ideias de que são pessoas fartas do sistema. Achar que se vota naquilo como protesto é passar um atestado de burrice aos eleitores. Não faltam opções para protestar, quem vota no Chega está a apoiar um programa desprezível que, se ganhasse, nos levaria para trás no tempo, para épocas de má memória.

Quem vota no Chega concorda com algumas coisas que são ditas pelo líder do partido, se calhar concorda com muitas, talvez até com todas. 

Se sim, para mim, já nem me interessa se são boas pessoas ou não, só as quero longe de mim.

 

 

 

...

15.03.22

Conheço a Vera não há muito tempo, mas ela é daquelas pessoas que cativa, que enche uma sala de alegria, e que, sem darmos por isso, faz parte da nossa vida. O mesmo aconteceu com o Cesário, o filho da Vera. Simpático, alegre, atencioso, com o sorriso como marca registada. Um bom miúdo. Um rapaz incrível.

O Cesário partiu no sábado.

Faltam-me as palavras para dizer o que isto significa. 

 

O quarto poder

28.10.21

... diz-se que o jornalismo e os meios de comunicação de massa podem exercer influência a ponto de se compararem aos poderes democráticos (legislativo, executivo e judiciário) e não nego que foi um pouco a ideia de poder "mudar o mundo" que me apaixonou pela Comunicação Social. 

A situação de Timor foi uma das que mais me davam "pica" de ser como os que lá estavam, a ver a história a acontecer, a contar a História. Tenho muitos recortes de notícias daquele tempo, tenho livros de jornalistas sobre o que lá viveram. Ver as vida das pessoas a mudar para melhor, muito pela "ajuda" dos jornalistas, pelo simples facto de contarem a história, fascinava-me.

Ainda me fascina.

Inconscientemente na altura, mas agora sei, que muito do que sentia teria começado por influência de Max Stahl, hoje falecido.

Eu era uma criança quando Max Stahl filmou o massacre de Santa Cruz, em Díli. Não me lembro de ter visto na altura, mas são imagens que me recordo sempre que "se fala" em Timor e de tudo o que se viveu depois desse dia, por isso, hoje sei que para além de ter posto Timor no mapa e ser um dos seus heróis da independência, Max Stahl teve uma grande influência na minha escolha profissional e contribui muito para o fascínio, meio que inexplicável, que ainda hoje tenho por Timor.

Hoje morreu um herói.

 

Em Portugal não há racismo

14.05.21

... e não há vergonha na cara e quase não há jornalismo também.

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Não há racismo, mas um jornalista escreve um texto em que à frente do nome de uma pessoa escreve (preta).

Que ninguém diga que é um erro, uma gafe e nem tampouco um ato falhado, é uma canalhice inconcebível para um jornalista ser humano.

Não há vergonha na cara porque, até ao que me é dado saber, este senhor não apresentou a demissão. Nem sequer pediu desculpas, quanto mais (se entretanto algumas destas coisas aconteceu, ainda bem)

Não há jornalismo porque uma série de outras publicações copiou para as suas edições o texto da Lusa, sem que alguém sequer o tenha lido. Acredito que se o tivessem feito aquele "pequeno pormenor" teria sido apagado.

Triste. Muito triste haver gente assim.

 

 

Isto é com cada uma

13.05.21

A novela da TVI "Festa é Festa" tem uns personagens que caricaturam os chamados "avecs", ou seja, os emigrantes que vêm de França e numa frase com 5 palavras, dizem 6 em Francês. Não, não me enganei na conta, são as cinco palavras necessárias mais o "ã" com que terminam quase todas as frases. Mas dizia eu, com algum exagero, próprio da comédia (e o que eu já me ri com o pouco que vi da novela!!) os "avecs" lá vão disparando com "franciu" por todo o lado e eis que alguém me diz que é mesmo assim, que os emigrantes em França, são mesmo assim e que isso não tem jeito nenhum. 

Não, não tem muito, concordo, mas então o que dizer dos portugueses, alguns que nem daqui saíram, e que usam Inglês a toda a hora, para dizer coisas que podiam perfeitamente dizer em Português?

Pois que me irritam muito mais.

Mas esses, para muitos são trendy, falar assim é cool e se alguém comenta ainda atiram com um really?! E podia estar aqui o resto da semana a atirar com expressões em estrangeiro para parecer bem, mas se as atirar em Francês, já estou out.

Em bom Português: Lixai-vos mais a conversa.