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Blog de AlGo

Por Mena Gomes

Blog de AlGo

Por Mena Gomes

No Botão

11.03.19

Convido-vos a visitarem o blog do Manuel Luís Goucha e a verem o que diz sobre a igreja da terra que viu o meu pai nascer e crescer.

Ir a Botão, é das boas recordações que tenho da infância.

Lavar trapos no rio, ir às amoras com os meus primos, andar para trás e para a frente no corredor da casa da avó porque o barulho do soalho é inigualável... que saudades!

 

Depois da partida do meu pai, a terra perdeu encanto, mas continuo a visitar casualmente, porque ainda há lá família.

 

Não há magia, não há encanto, mas há saudade.

 

Na terra, toda a gente se conhece, por isso, certamente já me cruzei com a D. Vitória e se fizer bem o estudo genealógico ainda vem a ser minha prima...

 

Se vierem para estes lados, aconselho a visita.

Para além da igreja extraordinária tem uma praia fluvial interessante e lembro-me dos bailaricos serem animados.

As gentes, são de bom trato e os descendentes da terra, magníficos (eu, por exemplo ).

Gosto de ir votar

03.10.17

Gosto "porque sim" e também porque volto à escola primária da terrinha. Onde aprendi tanto, cresci, fui tão feliz... e pouco me me lembro, porque a memória não é o meu forte.

 

Uma das coisas que me fazia "regressar no tempo" era o cheiro da escola.

Não o consigo definir a não ser como "cheira a memória", cheira a alegria infantil.

 

Este ano a escola está fechada. Não tem crianças.

Não porque não existam, mas porque foram para outras escolas pelas mais diversas razões, sendo que uma das principais é que os pais acham que os filhos são especiais e não podem ou não devem estar misturados com crianças de outras etnias, mas isso seria outro post.

 

A escola abriu para as eleições.

 

Ainda tem as mesas e as cadeiras, trabalhos das crianças expostos. Ainda há o quadro negro (por acaso é verde).

Mas não cheira.

Não cheira a nada de especial.

 

As ervas crescem no recreio e não há pó de giz no chão.

 

Sentia sempre uma nostalgia boa quando lá ia, no domingo passado senti uma saudade triste.

 

Diz que não é definitivo.

Espero que para a próxima, volte a cheirar bem na minha escola.

Blogmas | Dia 16: Presentes que não esqueço #2

16.12.15

Confesso que por norma gosto do que me dão. Ou porque não sou muito exigente, ou porque levo a sério o "que conta é intenção", não costumo ter grandes desgostos. Mas há 3 presentes que não esqueço, e não pelos melhores motivos.

 

 Tinha uns 16 anos e uma pessoa amiga deu-me uma espetacular varinha mágica.

Não, não foi varinha de condão, foi mesmo mágica, de fazer sopa. A minha mãe gostou quando a dela "faleceu".

 

 Numa troca de prendas com amigos, do género "amigo secreto", a minha "amiga" não levou o presente. Desculpou-se muito, disse que o tinha em casa e que (já não lembro porquê) não o levou mas que mo entregaria assim que pudesse. Que eu ia adorar, toda a gente que viu disse que era amoroso, ela mesma adorava receber... Dias depois deu-mo.

Um postal.

Nem escreveu nada porque já dizia Feliz Natal. Nem sequer era daqueles com música, era um simples postal de boas festas sem nada escrito. Durante muito tempo ficou piada de amigos mais íntimos: "cala-te ou ainda te dou um postal".

 

 Há uns 4 anos, uma vizinha deu-me uma moldura para fotografias de pendurar na parede porque eu "não tinha nenhuma em casa". Não passou pela cabeça da pessoa que se não tinha era porque não queria, porque não gosto... Claro que não a pendurei e continua na arrecadação à espera de ser feliz.

 

Contem coisas maltinha: Que presentes preferiam não ter recebido? Toda a gente tem os seus "monos" de estimação ou simples histórias cómicas para contar.

 

Blogmas | Dia 15: Presentes que não esqueço #1

15.12.15

Tinha 12 anos e aulas de Noções de Técnicas Administrativas*.

Queria porque queria uma máquina de escrever.

Os meus pais diziam que era inútil, mais dia menos dia seria ultrapassada (e como foi...) mas eu queria...

E no Natal recebi.

PB070750

Lembro-me da emoção. Lembro-me das horas que passei a treinar a datilografia:

QSDF MLKJ QSDF MLKJ QSDF MLKJ

QSDF MLKJ QSDF MLKJ QSDF MLKJ

QSDF MLKJ QSDF MLKJ QSDF MLKJ

QSDF MLKJ QSDF MLKJ QSDF MLKJ

QSDF MLKJ QSDF MLKJ QSDF MLKJ

Do stress quando alguma letra falhava... e toca de repetir...

Adorava aquilo.

Continua guardada e assim vai ficar. Os meus pais tinham razão, ia ser ultrapassada. Mas eu também tinha. Queria muito, tive uma e adorei.

 

* Ainda há essa espetacular disciplina na escola? Não pois não? Para além de se aprender a datilografar, aprendia-se a preencher impressos públicos, arquivar documentos... e eu ADORAVA. Acho que passei ao lado de uma magnífica carreira de secretária.