Recadinho importante...
... para aquelas pessoas que partilham diretos de vendas online nos grupos de Facebook que nada têm a ver com o tema:
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... para aquelas pessoas que partilham diretos de vendas online nos grupos de Facebook que nada têm a ver com o tema:
Até quando é aceitável que se dê os parabéns a alguém?
É que continuo a receber e, honestamente?! Já passou. Já não vale a pena.
Nota extra: Desejar "um dia feliz" então!! Não faz sentido.
Já foi pah! Já não vale a pena fazer votos.
... lembrei agora.
Não houve jantar do Dia da Mulher.
... e gerou-se-me uma dúvida:
- Como é que as controladoras de bronze alheio sobrevivem se também estiverem a trabalhar a partir de casa?
Eu que sou eu, senti falta da célebre comunicação: "não vens nada queimada".
Para mim isso é bom, não me queimar, mas pela expressão das caras, devia ser algo que incomodava.
Que acho ridícula aquela cotovelada que a malta agora dá por causa da COVID?
Não podem dizer "olá", acenar, fazer uma vénia... sei lá.
Têm mesmo que se tocar?
São carências é?
Conheço alguém, amigo de um amigo, trocamos contactos. Primeira mensagem da pessoa:
- "Olá princesa, como estás?"
PRINCESA?? A sério??
Para mim não dá.
#souumpoçoderomantismo
A história é antiga, que agora não há encontros de amigos com amigos deles.
Continuo confinada e solteira.
ir a restaurantes, bares ou cafés
ir a lojas que não sejam essenciais
ir ao cinema
ir a nenhum espetáculo ou sítio cultural
ir à praia ou ao parque
ir à missa
ir ao cabeleireiro ou manicure
No fundo, estou muito bem confinada, não me apetece desconfinar.
... bom, talvez esteja a exagerar, mas foi, sem dúvida, o mais descontraído em muitos anos.
Não me lembro de querer muito celebrar o aniversário, há anos que não dou importância à data e não tem a ver com o ficar mais velha, porque isso, quer eu queira quer não, é inevitável.
Não acho importante que toda a gente me dê os parabéns, uma "obrigação" instituída, que a esse cumprimento se siga beijinhos de malta que dispenso o toque e às vezes até com abraços apertados, em que fico sem saber onde por as mãos e com vontade de me sacudir (como fazem os cães para libertar o stress, sabem?).
Esta minha vontade de passar o dia sem festas nunca foi respeitada. Se pensar bem, fui eu que nunca "me dei ao respeito" e acabei por ceder sempre a um bolo (que nem sequer aprecio) com o meu nome escrito, como se quem ali estivesse a cantar a musiquinha ridícula não soubesse como me chamo, com velinhas com a idade, como se disso dependesse o sucesso das festividades... ou seja, acabei por ceder à vontade de outras pessoas e a deixar de parte a vontade da pessoa mais importante da festa: EU.
Este ano foi diferente e, por causa do Covid, toda a gente aceitou sem reclamar.
Passei o dia como me apeteceu.
Fiz um bolo (vegano, delicioso e lindo), que fui distribuir a quem me apeteceu que provasse.
Houve flores, sem plásticos desnecessários e laçarotes pirosos.
Houve a companhia essencial, os telefonemas desejados, as mensagens simpáticas.
Tive a atenção de ser a menina dos anos sem os constrangimentos de ser a menina dos anos.
Este aniversário fez-me perceber que é isto que quero para mim. E se eu não quero que me cantem os parabéns, não vou deixar que volte a acontecer só porque alguém me diz, "oh, tem que ser, fazes anos, tens que festejar".
ERRADO
Oh! Faço anos, tenho que fazer o que me apetece.
Não estou a dizer que não vou mais festejar o aniversário, até porque me pode vir a apetecer, mas não pretendo fazer mais o sacrifício de festejar. Sinto-me até um pouco ridícula por tê-lo feito tantos anos.
... o que só por si seria motivo para estar chateada.
Este ano não estou tanto!!
Não há a festa que nunca quis, com o bolo que não me apetece comer, com a música de parabéns que não gosto de ouvir, com beijos e abraços que não quero receber...
... obrigada Covid, para alguma coisa terias que ser útil.
Atenção, podem-me dar os parabéns.
Não são vocês que me estão a ler as pessoas que não quero que me beijem, não vos ouço cantar e a festa é virtual, gosto.
Bolo também vai haver, mas será um bolo que me apetece comer.
Desculpem o mau feitio, mas... não gosto de fazer anos, não sei se repararam.
Se não foi fácil a adaptação ao confinamento, estou a ter ainda mais dificuldades em sair da toca.
O meu ninho parece-me o melhor lugar do mundo e nada (ou quase nada) me faz ter vontade de sair daqui.