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Blog de AlGo

Por Mena Gomes

Blog de AlGo

Por Mena Gomes

Li "A Floresta"

19.07.18

... de Sophia de Mello Breyner Andresen e adorei.

 

Tenho lido pouco, não me consigo prender a nenhuma história a ponto de ficar desperta com ela e acabo por adormecer sem avançar muito mais do que uma página.

 

Emprestaram-me uma relíquia, encontrada na estante de um avô com bom gosto pelas leituras e foi assim que me embrenhei na floresta com a Isabel, o professor de música e o anão.

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Só deixando a razão de parte e usando só a imaginação, deixando a fantasia liderar, fui capaz de viver nesta floresta como uma criança: de forma simples, divertida e a absorver ensinamentos.

 

É bom ser criança, em qualquer idade e é sempre bom ler Sophia.

 

Obrigada B. Maria, por me emprestares um bocadinho da estante do sr. teu avô :)

Li "Um Homem Chamado Ove"

12.03.18

... e gostei.
Gostei muito até.

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Ove é rabugento, perfecionista e... encantador.

Não fosse esta última característica e diria que conheço um "Ove".

 

É um homem que acredita que as regras são mais importante da vida, que o trabalho é tudo e que o mundo está cheio de estúpidos incompetentes.

Ove, está sempre certo.

 

Não gosto particularmente da forma como Ove vê os outros, sempre com muito preconceito, sempre com muita sobranceria, mas depois, mesmo que a muito custo e muito contrariado, faz tudo para facilitar a vida dos que estão à sua volta e para fazê-los mais felizes.

Contraditório, sim é, mas é a forma de viver de um homem amargurado, com uma vida que lhe foi cruel em muitos momentos.

 

Este é um livro dos que gosto, dos que faz rir e (quase) chorar, dos que nos faz querer conviver com as personagens e ter saudades delas quando o livro acaba.

 

Agora tenho vontade de me desiludir, que é como quem diz, de ver o filme.

Li a história do gato Bob

25.01.18

... e do seu humano James. Fiquei rendida, como a maior parte das pessoas que o lê.

"A Minha História com Bob", "O Mundo Segundo Bob" e "Um Presente do Bob"

 

Li os três e sinto que queria mais (há um filme, tenho que o ver).

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Mostra-nos o mundo das dependências e o difícil que é a libertação das mesmas, a vida nas ruas e as dificuldades de quem é colocado, ou se coloca, à margem da "sociedade normal". Ao mesmo tempo mostra-nos a força da amizade e o bem que um animal pode fazer por uma pessoa. 

A escrita não é elaborada, James (o protagonista é também o autor) não receberá um Nobel da Literatura, mas é uma leitura fácil de seguir e envolvente, com momentos divertidos, momentos de suspense e momentos extremamente comoventes.

 

"A Minha História com Bob" e "O Mundo Segundo Bob" complementam-se, gostei muito, MUITO, de ambos. "Um Presente do Bob" é uma reflexão do autor, passa por alguns episódios já narrados nos outros dois livros, mas também nos mostra um James mais forte e determinado em seguir a sua vida. Quanto a Bob, continua um amor, doce e forte. Gato, muito gato e tão amigo.

 

A história é inspiradora e confirma aquilo que eu já sei há muito: Não há nada melhor que amar um patudo. Muita coisa muda, tudo muda... tudo muda para melhor.

 

Admito que temo pelo futuro de James.

Espero que Bob esteja a dar força suficiente ao humano dele, para que o futuro continue risonho.

Li “Filho de Mil Homens”

09.10.17

... e gostei muito.

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Na verdade já o li há algum tempo, mas demoro sempre a organizar as ideias que vou escrevendo enquanto leio e as impressões finais.

 

A história em si é simples e conta-nos a vida de personagens que buscam o que todos procuramos: a felicidade. Conscientemente nem almejam tanto, querem simplesmente viver a sua vida, aguentando o facto de serem vítimas de preconceitos, tão velhos como frequentes, e fazendo por ultrapassar as dificuldades.

 

As personagens relacionam-se sem nunca perderem a individualidade, ou seja, nunca me consegui abstrair da história de cada uma, mas isso não impediu de "viver" as histórias que as uniam.

 

O livro mostra o que eu já sei há muito tempo. Uma família faz-se de muita "coisa", mas nunca de sangue ou de ADN e jamais de um "papel passado", uma obrigação.

 

A escrita de Valter Hugo Mãe é encantadora.

Não me ocorre mais nenhuma expressão para a definir. Não consigo dizer que é simples, mas não é complexa. É envolvente e cativante.

Apetece mais.

 

 

Li "O Amor é Fodido"

17.05.17

Mas não li tudo, porque tive que parar.

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O livro é fodido de se ler.

Digo-o sem rodeios porque sem rodeios é o próprio livro.

 

Com uma escrita inconstante, muita coisa a não fazer sentido, muitas ideias batidas e repetidas vezes sem fim... tive que parar.

Dei por mim a avançar páginas, para ver se avançava na história, mas lá estava o gajo a dizer que a gaja era má, que amava a gaja e mais do mesmo, a chover no molhado... Uma grande confusão numa imensa história cheia de nada.

 

Com muitas frases bonitas e dignas de citação, como aqui, aqui e aqui. Frases com muito sentido para a vida mas pouco relevantes para a história, ou para aquilo que percebi dela.

 

Um dia volto a ele, mas para já, não consigo continuar e estou a perder tempo, porque nem leio este, nem começo outro. Vai para a prateleira dos "a ler".

 

Alguém já leu? Opinião diferente?

Li "Sudoeste"

01.04.17

Não é um livro, são três.

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São três contos num mesmo "cenário", que se torna quase personagem nas histórias. Cada conto trata a vida de uma mulher diferente, com a qual facilmente simpatizamos e nos identificamos.

 

O facto das histórias se passarem num mesmo local, faz-me pensar numa questão que me ponho muitas vezes em alguns locais: Que outras vidas este sítio testemunhou? Quantas vidas, segredos e emoções escondem a terra que pisamos?

 

Não é o melhor livro que li, não é. Mas levou-me a pensar muito para além daquilo que está realmente escrito, por isso, valeu muito a pena tê-lo escolhido, e se a qualidade de um livro fosse avaliada pelo preço que custa, este valeria muito mais do que 1,80 que custou (ebook e em promoção).

Li "O Quarto de Jack"

13.03.17

e foi difícil por as ideias em ordem para as conseguir escrever. 

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Adorei.

Se o tivesse que classificar o livro em estrelas, 5 seriam insuficientes.

 

Poucas histórias me fizeram ter, com a mesma intensidade, uma tão grande variedade de sentimentos. Uma imensa ternura, a mais absoluta repugnância, incredulidade, compreensão...

Ri, chorei, sustive a respiração, suspirei de alívio... tudo emoções transmitidas pela voz de um menino de 5 anos.

 

Por ser contada na perspetiva de uma criança, a história poderia tornar-se infantil, mas torna-se assustadoramente real. Os relatos simples, mostram-nos o amor e a crueldade com uma clareza que dificilmente nos transmitiria um relato adulto.

 

O que fica da história, é a resiliência humana e o poder do amor.

 

Costumo ter vontade de saber o que se passou com as personagens depois do "fim", mas neste caso não a tenho. Tudo faz sentido acabar com o "adeus ao quarto", porque o Jack já não tem nada para nos contar e esta história só tem a força que tem, contada pela voz dele.

Li "A Quinta dos Animais"

03.03.17

...e gostei muito

Comprei porque era barato. 3,20€, o preço da revista. Como não a ia comprar se não fosse o livro, não posso dizer que foi oferta. Revelou-se uma boa compra.

 

A história remonta ao "tempo em que os animais falavam", ou seja, é uma fábula, que se pode resumir na frase: "Todos os animais são iguais, mas alguns são mais iguais que os outros”.

É a frase mais encontrada se procurarmos citações de George Orwell e é a que resume tudo, dizendo pouco.

 

Este livro é uma nova tradução de "Animal Farm", que durante muito tempo circulou por aí como "O Triunfo dos Porcos". Retomar o título original só podia querer dizer coisas boas.

 

As fábulas têm como missão deixar uma moral, que ensina às crianças (e não só) como se devem comportar. Esta, mais do que uma moral, é um retrato do comportamento dos humanos e, se nos deixa um ensinamento, é daquilo que não devemos ser, politicamente, socialmente, nas relações de trabalho...

 

A leitura é leve, divertida até, e é impossível não nos identificarmos com porcos, vacas, galinhas... ou se não nos identificamos, é impossível não dar caras humanas, que tão bem conhecemos, aos animais da quinta, que é, um qualquer país do mundo, com um povo descuidado.

 

ADENDA: A leitura é leve, porque se lê facilmente, mas o tema é pesado e forte.

Li "A Gorda", de Isabela Figueiredo

22.02.17

... e gostei muito.

 

A gorda é a vida de todos os dias.

 

Fala da nossa casa, da nossa família, dos nossos amigos... O ganhar e o perder: coisas, seres, pessoas...
Fala do sonho e da ilusão, da resiliência, da determinação e frustração da personagem e, ao mesmo tempo de cada um de nós.

 

A "gorda" sou eu, muitas vezes. Não (só) por ser gorda, mas fundamentalmente por ser mulher, por ser pessoa, neste mundo que tem tudo para ser bom e nem sempre é.

 

De leitura fácil, deixa aquela sensação de querer saber mais cada vez que tem que se interromper a leitura. O mesmo acontece no fim. Gostava de saber o que é feito da Maria Luísa.

Acho que daria um bom filme.

 

Fez-me olhar para mim, para o passado e para o que posso mudar no presente para colher no futuro.

 

Por tudo isto, considero-o muito bom*.


* A minha avaliação de qualquer livro (ou qualquer outra coisa) prende-se em critérios "extremamente objetivos" que se resumem ao meu gosto pessoal e nada mais.

Li "Sentir", de Cristina Ferreira

15.02.17

... e gostei.

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O livro não é uma biografia, mas uma coletânea de pequenos textos com os quais Cristina Ferreira conta situações de vida, nos apresenta familiares e amigos, e expõe sentimentos.

 

Quem esperava ficar a saber todas as "cusquices" sobre a vida da apresentadora, esqueça.

Quem quer ficar a conhecer a mulher, é um bom livro.

Cristina Ferreira não é escritora, mas sabe escrever e envolver quem lê.

 

Com a leitura percebi porque simpatizo com ela, apesar de todos os defeitos: identifico-me em muita coisa. Muitas vezes, ao ler, visualizava momentos da minha vida, por isso, "Sentir" fez-me sentir.

 

Fez-me voltar à infância, aos caminhos da minha vida, pelo que só posso dar nota positiva* ao livro.

 


* A minha avaliação de qualquer livro (ou qualquer outra coisa) prende-se em critérios "extremamente objetivos" que se resumem ao meu gosto pessoal e nada mais.