Não sei se se pode chamar uma receita de família, mas só a minha avó os fazia maravilhosamente e eu desenrasco-me bastante bem, por isso, já é da família.
Têm muitos nomes, eu sei, mas para mim são CASCUREIS.
Dá muito trabalho... mas valem cada minuto de "amasso" e cada caloria que se ingere.
- 500g de farinha de trigo
- 3 ovos
- 1 cubinho de fermento de padeiro
- 3 colher de sopa de azeite
- 1 cálice de aguardente.
- água tépida q.b.
- uma pitada de sal
Dissolver o fermento num pouco de água tépida (põem um dedo na água, se não sentirem nem fria nem quente, é isso).
Num alguidar, ou na banca, como preferirem, dispor a farinha com uma pitada de sal, abrir um buraco no centro e ir juntando e amassando a agua ardente, o fermento dissolvido na água, as colheres de sopa de azeite e os ovos uma a um.
Amassar até que se descole das mãos, acrescentando mais água ou mais farinha, conforme o necessário. Fica tipo a massa do pão, ou da base das pizzas.
Depois de bem amassada, polvilha-se a bancada de farinha e dá-se-lhe uma grande tareia na bancada da cozinha. Eleva-se ao ar e atiro-se à banca com toda a força.
Porquê? Diz que deixa a massa mais leve.
Coloca-se num alguidar, polvilha-se com farinha e eu não fiz nenhuma cruz que não sou dada a superstições, mas se quiserem, esta é a hora. Tapa-se com um pano e um cobertor.
Para quê? Para levedar, tá claro, e ali esteve hora e meia.
Passado o tempo é hora de tender a massa, com as mãos. Pega-se um bocado de massa, e sem a pressionar, vai-se tendendo com os dedos até obter o feitio que se vê na foto.
Ou seja, nenhum em especial, tem é que ficar esticado.
Este é o processo mais complicado e que nem toda a gente consegue.
Não me estou a armar, é neste ponto que muita gente que tem tentado fazer, falha, e eles não ficam como os da minha avó.
Um segredo? Uma vez por outra, vão molhando a ponta dos dedos num pouco de óleo. Ajuda.
Frita-se um a um em óleo abundante. Fritam muito rápido.
Polvilha-se com açúcar e canela (típico da época)... e come-se...