Eu já apertei a mão a um Prémio Nobel da Paz
E se o disse aqui, acho que devo contar como foi.
Corria o ano de 2008 e e eu estava a fazer estágio num jornal regional. Achava que ia tirar cópias e cafés, mas na verdade fartei-me de trabalhar à séria e aprendi muito.
Numa das minhas saídas em reportagem, que prometia ser uma grande "banhada" porque ninguém tinha a certeza se o "acontecimento ia acontecer", conheci D. Ximenes Bello, Bispo de Timor.
Ele foi a uma consulta nos HUC (Hospitais da Universidade de Coimbra), uma coisa pessoal mas que os media não desperdiçaram. Reduzi-me à minha insignificância e deixei os mais velhos (os outros jornalistas) fazer as perguntas. Quando lhe falaram do Nobel disse: "O Nobel já passou, agora somos pessoas comuns que temos que manter o trabalho para a paz e pelos Direitos Humanos".
A conversa foi curta, D. Ximenes não estava em Coimbra "profissionalmente". Simpático, despediu-se de todos com um aperto de mão, e quando me estendeu a mão, disse-lhe que o admirava muito, que estava em estágio e que era uma honra conhece-lo.
Sorriu, segurou-me a mão e desejou boa sorte no futuro. Pode parecer estúpido, mas senti-me abençoada naquele momento e senti-me pequenina ao apertar a mão a um ser tamanho que me deu em poucos segundos uma lição de humildade e humanidade.
A imagem da notícia não tem muita qualidade, mas agora não consigo melhor