Anos e anos de blogs e ainda me encanitam as pessoas que se dão ao trabalho de comentar textos para atacar quem os escreve. Para dizer, por exemplo, que o conteúdo não interessa para nada.

São sempre anónimos.

Mas se não interessa pah!! andor!! Porque raio param?

Obrigada SAPO, mais uma vez, foste muito simpático em destacar um post que, não sendo brilhante, marca uma coisa positiva de toda esta situação que atravessamos.

Num ano de teletrabalho paguei mais 151 euros de eletricidade, paguei menos 265 euros de combustível.

114 euros de poupança não me parece nada mau.

Houve mais poupanças, mas estas são as contas mais fáceis por serem efetivas.

"Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência"

"Paciência" - Lenine

"Será que é tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara, tão rara"

Eu, pelas razões de isso acontecer

Eu pela medida em si

E pensar que há um ano estava a dar em maluca e a achar que nunca me iria adaptar a tal coisa.

Ponto prévio: Estou a construir a casota perto da casa onde vivo agora e mais perto ainda da casa de uma tia. Num bairro pequeno, onde toda a gente se conhece. 

Numa ida ao pão, a minha tia passou junto à obra e espreitou as novidades (não tem mal, tem à vontade para isso). Um dos pedreiros, que já a viu lá comigo, "convidou-a" a entrar e ver uma outra novidade. Ela entrou (continua a não ter mal). Lá dentro, distraída a ver "as vistas", ouve uma voz atrás dela: "também posso ver?"

Era a vizinha. Já dentro da sala.

Como é possível as pessoas serem tão descaradas?

Diz que gosta, que está muito bonita. Já agora punha defeitos, querem lá ver!?

Nota mental: cortar a confiança às vizinhas.

Entre um exame e uma consulta de rotina estive à espera, no carro, a ver passar carros e pessoas. A ver a vida a acontecer.

Foi tão bom!

Há um ano que me parecia que a vida estava parada fora de portas, afinal não, ainda há pessoas a fazer coisas. 

A cidade está a meio gás (talvez só um terço de gás mesmo) mas mexe.

... em como a pandemia dá a volta à cabeça das pessoas.

Instalei uma app no telemóvel que vocês nem sonham... e mais, estou a dar-lhe uso.