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Blog de AlGo

Por Mena Gomes

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Por Mena Gomes

Pai Natal e os 8 Pássaros - parte VI

31.12.18

  Nicolau nem se conseguiu pronunciar. Idalete tomou conta de toda a situação, sabia que ela seria a salvação dela, mas nunca pensou que ela é que fosse entregar os presentes, afinal o Pai Natal era ele! A Passarada foi-se levantando e dirigindo-se para as suas funções, ficando para trás apenas o Pai Natal e a Idalete...

- Idalete, amorzinho - dizia o Pai Natal, corado - isso é trabalho para... Huummm... Ahhhh...

- Para um homem? É isso que queres dizer?

Nicolau sentia a fúria da mulher e não era isso que ele queria insinuar...

- Não, querida. É trabalho para mim. Eu sei que ando um pouco estranho, ultimamente. Mas a verdade é que não é o Natal que me está a preocupar. És tu, amorzinho.

É então, finalmente, o Pai Natal desabafou...

Ao longo de todos aqueles anos como Pai Natal, Nicolau nunca tinha conseguido oferecer a Idalete o presente que ela mais queria. Um filho. E todos os anos criava-se uma angústia enorme no seu coração, porque ele levava a todos os meninos e adultos que acreditavam nele, as prendas que todos desejavam.

Já com esse desabafo exteriorizado, Idalete chorava agarrada ao Pai Natal.

- Querido, tu não vês que eu nunca quis mais nada que não fosses tu?

Nesse exacto momento entra Aretha, com um coro para começarem a entoar os hinos natalícios.

O Pai Natal informou os 8 Pássaros que nada estava perdido. Ele iria utilizar toda a sua magia para pôr este Natal a andar. Ligou para Deus e disse-lhe que ele tinha que pôr o menino na ordem em vez de mandar os outros entretê-lO, ao que Ele aquiesceu. Como por magia, em casa do Pai Natal a balbúrdia resolvia-se para espanto de todos.

Nicolau estava a transformar-se na figura natalícia que viaja pelo mundo.

Num instante, também se puseram todos lá. Os elfos trabalhava a todo o vapor, Idalete acabou de fazer o repasto para a viagem, o livro das entregas estava pronto e até Jesus tinha até deixado um postal de natal com a Sagrada Família, a agradecer pelo presente (Maria fica sempre bem nas fotos, pensou Idalete, enquanto admirava o postal).

Sempre ficara com o overboard, com a promessa de não andar por aí a fazer milagres em cima daquilo. E lá percebera que, o Seu papel era de trazer esperança ao mundo, completando o Pai Natal.

E pouco antes da meia-noite, Nicolau saiu no seu trenó, com a certeza que o espírito Natalício estava vivo.

Idalete tinha-lhe dito, momentos antes de sair, que o único filho que ela queria era apenas saber que todas as crianças do mundo sorriam ao ver os presentes que o Pai Natal, São Nicolau, lhes levava naquela noite. Feliz, o Pai Natal saiu para cumprir o seu destino, deixando para trás todos os pássaros felizes.

E assim se salvou mais um natal.

Último dia de 2018

31.12.18

Talvez fosse de esperar um balanço do ano, mas não estou com o espírito de balanço. Sinto-me no início, não no fim de nada.

2018 foi um ano bom.

 

Alguns planos estão cumpridos e lançados para mais realizações em 2019.

 

Fiz coisas que nunca pensei fazer.

     Acho que há um ano juraria que jamais o faria. Não me arrependo.

 

Conheci pessoas, consolidei amizades, cortei o supérfluo.

 

Apanhei sustos, perdi oportunidades.

Aventurei-me. Arrisquei.

 

Chorei de dor, de raiva, de angústia, de tristeza...

Ri de alegria, de felicidade, de realização, de amor...

 

2018 foi um ano bom.

Que venha 2019 que eu estou preparada para quase tudo.